domingo, 21 de dezembro de 2014

rituais & solstício de inverno ...




  { 1. oferendas, intenções e gratidão 2. recargar energias, inverno, tempo de sonhar 3. coroa de celebração - cedro 4.fogo sagrado e protector 5.preparado 500 biodinâmico enterrado no Alto de Stª Bárbara
  . 21 dezembro 2014 }

domingo, 30 de novembro de 2014

"Fungus"



 " O cogumelo (...) é um símbolo de longevidade (...) Figura nos atributos do deus da longevidade. Os imortais consomem-no, associado à canela, ao ouro (...) eles obtêm com essa mistura, escreve wang Tch´ong, a leveza do corpo.  Além disso, acreditava-se que o agárico (ling-tche) só prosperava na paz e na boa ordem do império. o seu desenvolvimento é, portanto, o sinal de um bom uso do mandato celeste.

(...) num plano totalmente diferente, a cosmologia sinotibetana faz do cogumelo, devido à forma em cúpula do seu chapéu, uma imagem do céu primordial.
tchuang-tse considera, aliás, a multiplicidade dos cogumelos nascidos de uma mesma humidade como a imagem das modalidades impermanentes do ser, aparições fugidias duma só e mesma essência.

entre os dogons, os cogumelos são simbolicamente associados à parede do abdómen e aos instrumentos musicais. esfrega-se a menbrana dos tambores com um pó de cogumelos carbonizados para lhes dar a voz.

para os orotch, povo tungue da sibéria, as almas dos mortos são reincarnadas na lua sob a forma de cogumelos e atirados para a terra.

para alguns povos bantos do congo central, o cogumelo seria igualmente um símbolo da alma. entre os luluas fala-se do cogumelo do quintal e do cogumelo do mato, para evocar o mundo dos vivos e dos mortos. um sábio acrescenta: um cogumelo no quintal e um cogumelo na savana são um mesmo cogumelo.

todas estas crenças têm um ponto em comum: fazem do cogumelo o símbolo da vida regenerada pela fermentação e pela decomposição orgânica, isto é, pela morte. "


in "dicionário dos símbolos" , jean chevalier & alain gheerbrant , 1ª edição em 1982

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Samhain ...


{ 31 outubro 2014 } ... a passagem para o outro mundo e a celebração da morte

    Noite em que o véu que separa o mundo material do mundo espiritual se encontra mais fino e o contacto se torna mais fácil ... para conectar com aqueles que já cruzaram os portais dos mundos ... honrar o sagrado e o caminho percorrido pelos nossos ancestrais ...

...tempo do ano em que o frio cresce e a morte vagueia pela terra ... o sol enfraquece cada vez mais, a sombra cresce e as folhas das árvores caem, numa preparação ao inverno que chegará em breve ... é o momento de celebrar a última das colheitas ... fazer oferendas no jardim ... consultar oráculos e ... celebrar a lua ...

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

rituais & equinócio de outono ...




  { 1. horta de equinócio 2. conservas, honrar as colheitas 
   3. reflexão...o que acabou...onde estou...o que vai começar... 
   4. Tónico de outono, ervas & raízes 5. abrir o coração com chá e pão quente . coroa de celebração - pirliteiro 
  . 23 setembro 2014 }

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

em tons vermelho ...


"Universalmente considerado como o símbolo fundamental do princípio de vida, com a sua força, o seu poder e o seu brilho, o vermelho, cor de fogo e de sangue, possui, entretanto, a mesma ambivalência simbólica destes últimos (...) o vermelho claro, brilhante, centrífugo, é diurno, masculino, tónico, incitando à acção, lançando como um sol o seu brilhante sobre todas as coisas com um imenso e irredutível poder . o vermelho escuro, pelo contrário é nocturno, femenino, secreto, e no limite, centrípedo; ele representa não a expressão, mas o mistério da vida. um seduz, encoraja, provoca, é o vermelho das bandeiras, das insígnias, dos cartazes, das embalagens publicitárias; o outra alerta, retém, incita à vigilância e, no limite, inquieta: é o vermelho dos semáforos, a lâmpada vermelha proibindo a entrada (...) é também a antiga lâmpada vermelha das casas de passe, o que poderia parecer contraditório, pois em vez de proibir, elas convidam; mas não o é, quando se considera que esse convite diz respeito à transgressão da mais profunda proibição da época em questão, o proibido lançado sobre as pulsões sexuais, a líbido, os instintos passionais.

este vermelho nocturno e centrípeto é a cor do fogo central do homem e da terra, o do ventre e do atanor dos alquimistas onde, pela obra ao rubro se opera a digestão, o amadurecimento, a geraçÃO ou a REGENERAÇÃO DO HOMEM OU DA OBRA. (...)
o VERMELHO VIVO, DIURNO, SOLAR, CENTRÍFUGO, INCITA À ACÇÃO; ELE É A IMAGEM DO ARDOR E DA BELEZA, DE FORÇA IMPULSIVA E GENEROSA, DE JUVENTUDE, DE SAÚDE, DE RIQUEZA(...)

nÃO HÁ POVO QUE NÃO TENHA EXPRIMIDO - CADA UM À SUA MANEIRA - ESTA AMBIVALÊNCIA DE ONDE PROVÊM TODO O PODER DE FASCÍNIO DA COR VERMELHA, QUE TRAZ EM SI INTIMAMENTE LIGADAS AS DUAS MAIS PROFUNDAS PULSÕES HUMANAS: ACÇÃO E PAIXÃO, LIBERTAÇÃO E OPRESSÃO (...)"


in "dicionário dos símbolos" , jean chevalier & alain gheerbrant , 1ª edição em 1982