O ritual da «queima da velha», «o enterro do bacalhau», «a morte do entrudo»... representações simbólicas da separação do ano velho em relação ao novo que acaba de nascer (final do Inverno e chegada da Primavera), rituais ancestrais que acompanham o ciclo da vida e da própria natureza , o contínuo processo de nascimento, vida, morte e retorno que constitui o eterno ciclo ...
Atribui-se-lhe fins mágico-profilácticos de purificação e excomunhão de poderes considerados maléficos.
É a catarse final... a purificação das almas por meio de uma descarga emocional, de um deslumbramento delirante, de uma purga mental... Onde se "exorciza" os males do ano velho, onde a escuridão, a fome, a doença e a tristeza ... são "queimadas" pelo fogo, fecha-se um ciclo ... aceita-se a sua "morte" e deixa-se ir para que algo novo possa surgir...
E o fogo ilumina em nós a certeza de que a natureza renasce sempre a partir da morte, a morte liga-nos à vida não nos separa... assim como à noite sucede sempre o amanhecer e ao inverno sucede invariavelmente a primavera...
...e por trás de nós, a Oeste, ao começo do crepúsculo vespertino, aparece a Lua na sua fase germinante, ao seu lado Vénus como estrela da tarde visível pelo seu grande brilho na constelação de Peixes
{ 01 mar. 2017 }
Quarta-feira de Cinzas
a Sagração da Primavera
a Sagração da Primavera
|sol ⊙ em peixes ♋ lua ☽ em carneiro ♈|
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