terça-feira, 11 de março de 2014

... a «arte de procrastinar»...


" (...) procrastinar é inato. é uma força invisível que conduz rios em padrões de serpentina, correntes subterrâneas por caminhos sinuosos, ribeiras nascentes em percursos serpenteantes, e nós por caminhos ao acaso. (...)

(...) Ao levar a procrastinação para fora de casa e para dentro da floresta, henry david thoreau ajudou a ociosidade a tornar-se parte do culto da natureza. "quando saio de casa para um passeio, sem a certeza de para onde vou virar os passos, submeto-me ao instinto para que este decida por mim." (...)

(...) duas ou três horas de meandros caprichos levavam-no a "lugares ainda mais estranhos do que os que esperava encontrar." esta abordagem ao caminhar era o que thoreau chamava de cirandar, uma técnica tida por si como utilizada pelos cruzados franceses ( em inglês "saunter", em francês "sans terre" significa "sem terra ou lar" ) . Guerreiros itinerantes, estes cirandeiros estavam sempre em movimento, viajando de castelo em castelo, em busca da próxima cruzada (...). "

in "A arte de não fazer nada" , véronique vienne , 1ª edição em 1998

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